Muita gente não sabe, mas doar leite materno é mais fácil do que se imagina.
Quando meu primeiro filho nasceu, mesmo que de uma cesárea, o meu leite desceu bem rápido e logo fiquei com meus seios imensos, repletos do alimento mais lindo que o ser humano pode produzir.
Com isso, e a falta de informação na época sobre os bancos de leite, eu tinha tanto leite, que tive mastite, meu leite empedrou muito e por várias vezes tive “a febre do leite”.
Passava horas tentando aliviar deixando o leite sair na água quente no banho, e mal sabia que a água quente fazia era piorar toda a situação.
Amamentei o Henrique exclusivamente até os 6 meses e fomos nos curtindo e prolongando a amamentação até 1 ano e 11 meses. Foi muito, muito prazeroso amamentá-lo.
Tirando a mastite não tive mais problemas, era realmente o excesso de leite que se eu tivesse a informação que tenho hoje, não teria ido literalmente por água abaixo.
Quando Miguel nasceu, de parto natural, meu leite desceu ainda mais rápido e mais uma vez lá estava eu, com os seios cheios de leite.
A diferença agora é que eu já havia ouvido falar sobre a doação e fui me informar melhor.
Tinha receio que, se eu doasse meu leite, Miguel ficaria com “pouco”.
Mas nosso corpo humano é tão maravilhoso que, quanto mais “tira”, mais o corpo produz.
Fui atrás do banco de leite aqui de Santos, que fica no Hospital Guilherme Álvaro.
Lá recebi toda a atenção do mundo, a querida Cristina,funcionária do local, foi um anjo comigo.
Me ensinou a extrair o leite fazendo apenas movimentos com uma das mãos (e era bem mais fácil do que eu podia imaginar) e me deu todas as orientações para a doação.
A primeira vez, ela me deu lá dois kits esterilizados contendo um pote de vidro, uma máscara e uma touquinha para cabelo. Me ensinou como fazer e pronto, eu já era uma doadora !
Quando a gente coleta o leite, vai armazenando no freezer nestes recipientes que eles nos fornecem. No início da coleta ela pode ser feita diretamente no pote (lembrando sempre de estar com as mãos e o seio limpos, a touca no cabelo e a máscara no rosto).
Depois da primeira coleta, para encher o restante daquele pote, a gente esteriliza um copo de vidro e faz a extração por ali. Só completando o leite que estiver no freezer.
Importante: O leite já coletado não pode descongelar !
Eu sempre tiro antes do Miguel mamar, porque assim ele fica com o leite mais “gordo”, mais nutritivo.
A orientação que eu tive foi que quando estivesse chegando perto de 10 dias da primeira coleta, que eu ligasse no banco de leite para agendar a retirada dos potes aqui.
O pote não precisa estar completamente cheio, metade dele já ajuda bastante bebês !
E assim eu faço, quando eu estou chegando perto dos 10 dias de coleta eu ligo lá e eles mandam uma equipe vir retirar aqui em casa.
É tudo muito simples, muito fácil e pode ajudar tantos bebês que vocês nem imaginam.
Os estoques dos bancos de leite na grande maioria das vezes estão com menos da metade da capacidade.
E tenho certeza que tem muita mãezinha que não sabe e deixa esse liquido tão precioso ir por água abaixo como eu também fiz no meu primeiro filho.
Se você tiver uma bomba extratora de leite fica ainda mais fácil, você consegue encher os potes ainda mais rápido e ajudar com quantos potes conseguir por mês, é só pedir kits a mais na próxima doação.
Aqui em Santos você consegue se informar pelo telefone (13) 3202-1323 ou no Blog:
E para encontrar o banco de leite de sua região:
No Facebook tem um aplicativo bem legal de Doação de Leite Materno, neste link:
E uma página, onde você encontra todas as informações das campanhas: https://www.facebook.com/amamentacao
E ai, que tal começar hoje a ser uma doadora também?
Um grande beijo
Lia
sensacional Lia.. eu tive muito leite também. .. mastite ...febre.. enfim.. doei algumas vezes pra minha afilhada.. mas joguei muito leite fora. vou guardar esses contatos.
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