Por Cleide Zago, Técnica de Alimentos e Bebidas
As fibras alimentares, encontradas em vegetais, são substâncias filamentosas curtas ou longas, derivadas de polissacarídeos que formam as moléculas de celulose.
Apenas animais como os ruminantes conseguem sintetizar as fibras e transformá-las em energia.
Já os seres humanos que não catabolizam a celulose e muito menos possuem simbiose com organismos que degradam essa substância, acabam não aproveitando o composto como fonte nutricional.
Entretanto, são elementos importantes em nossa dieta.
Quando acrescentamos as fibras na nossa alimentação, balanceamos nossa dieta, pois estas auxiliam, regulando o intestino.
Sua presença tem efeitos na consistência da massa alimentar e fecal, propiciando melhor funcionamento peristáltico do intestino (movimentos involuntários), evitando prisão de ventre ou, até mesmo, doenças como o câncer.
A ingestão habitual de fibras pode ajudar a perder peso e consequente emagrecimento.
Estudos realizados na Holanda, dizem que se consumirmos 10g/dia de fibra reduziremos 1cm de barriga por ano, nos Estados Unidos também foram feitas descobertas que elas auxiliam na imunidade e estimulam o crescimento de bactérias benéficas na flora intestinal bloqueando a atividade dos micro-organismos danosos.
Além disso, as fibras contribuem para a redução do colesterol, em especial a betaglucana, cuja principal fonte é a aveia, liga-se a essas gorduras dentro do intestino e inibe sua absorção.
Também existem estudos que elas funcionam como vassouras, varrendo toxinas dos pulmões e estômago que, se ficassem lá, iriam transformar-se em tumores.
E não param por ai, os estudos sobre as fibras existem no mundo todo, e só com resultados positivos e muito gratificantes.
Existem 2 tipos de fibras, as Solúveis e as Insolúveis.
As fibras solúveis são encontradas em frutas, verduras, aveia, cevada, leguminosas e retardam a absorção da glicose, causam maior saciedade, reduzem os níveis de colesterol sanguíneo e protegem o intestino, inclusive de câncer.
Já as fibras insolúveis, são encontradas em verduras, farelo de trigo, cereais integrais e aumentam o bolo fecal, estimulam o bom funcionamento do intestino e previnem contra a constipação intestinal.
A indústria tem utilizado uma fibra para compor muitos alimentos funcionais, esta fibra é a polidextrose.
A polidextrose é um composto formado por polímeros de glicose obtida por processo de condensação, o que origina um produto que tem difícil digestão, atingindo o intestino intacto.
Essas características permitem classificar a polidextrose como fibra solúvel que não sofre digestão no trato gastrintestinal. Além disso, é um produto que quase não tem calorias, perfeito para melhorar a saciedade e o funcionamento intestinal sem aumentar o consumo calórico.
A polidextrose tem sido o alvo de muitos estudos, principalmente por sua capacidade prebiótica e emagrecedora.
Existe no mercado, um néctar chamado Activia nos sabores Laranja, Uva e Pêssego, que promete auxiliar no regulamento intestinal e que utiliza a polidextrose para isso.
Este é apenas um exemplo, de que podemos encontrar comidas e bebidas industrializadas com propósitos saudáveis, basta lermos o rótulo e se informar a respeito.
Em resumo, hoje é possível comermos alimentos ricos em fibras, in natura ou industrializados.
São saborosos, fazem bem ao nosso organismo e consequentemente auxiliam a termos o peso correto para nossa idade e altura.
No próximo artigo, vamos falar sobre probióticos.
Até lá!
Cleide Zago
Técnica de Alimentos e Bebidas
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